Ps:

Não liguem à eventual junção da musica com a poesia. Ainda n me dei a esse trabalho... nem sei se me vou dar... mas gostava... um dia
Alias... nem liguem à poesia... ainda n me dei ao trabalho... tenho mais que fazer... isto são só laivos de uivos à lua... mas gostava um dia...

Wednesday, August 24, 2011

A realidade transcendida

As cores são as cores do mundo que vemos
E o mundo que vemos são as cores do que queremos
E as quores que queremos são o mundo que nos rodeia
em pensamento.

E o som?! O belo som que nos emancipa a alma?
É o som que, de alguma forma, nos emancipa
A alma.

E o ruim disso tudo é que
Não nos apercebemos, por vezes,
Disso tudo.

Ah! Das cores que nos emancipam o som da alma
Ou do som que nos emancipa a cor do espírito
Que seria de nós sem isso, que não vemos realmente?
Seriamos por ventura desfasados de realidade transcendida.

Thursday, August 18, 2011

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Sdam,nd.
Sadn.sa

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Friday, April 22, 2011

A uma mulher o Céu

A uma mulher deve-se: tocar como à seda mais bela;
Sentir o despertar da energia; Sentir o desapego do corpo
-O renascer da situação a que se propõe pelo nascimento.

A uma mulher deve-se falar como se de um jardineiro
A flor sentisse sua nudez, na palavra que a emancipa.

A uma mulher deve-se fazer a estrela mais distante como sua.
Mas que seja no olhar. Mas que seja no que se diz sentido.
Eu vou lá. Vou! Encontro forma de to dizer, que te amo,
Assim como o queres, se for assim que tu o queres.

Mesmo que seja o que não queres estou disposto a tudo
Para to dizer: o quanto significas; o quanto vales no peso
Que dou à significância na minha passagem.
Acredita que te dou mais a ti do que a mim.
É assim que me devo fazer sentir. Não tenho outra forma.
Amo-te. É suficiente? Se não for invento outra forma de to dizer:

"Pela minha vida!".



E a um homem?
Que deves dizer mulher? Que o pensas ter
Adquirido. O direito de tudo o que mereces.

Sexo? Sim ou não? Bom ou mais ou menos?
Suficiente? É uma troca? É suficientemente bom?
Dizes? Ensinas o que queres? Ouves como te querem?
Auscultas o batimento do ritmo que te quer penetrar?
- Que te quer fazer sentir a grandeza de seu amor
(Se for dessa a natureza da grandeza que procuras)
Listening a imensidão do oceano de teus reflexos?
(Que, apesar de suas frias águas, é o eu espelho)

As mulheres!
Lindas!
Os homens que são para as mulheres que querem ser?
E o coração de um homem? Gelo?
Não será medo perante?
E o equilíbrio no romântico actual?

Somos invariavelmente e sempre a árvore que plantamos.

Poesia I?

De que me serve a poesia se não
Consigo a alegria de um olhar humilde
que me diz:
Olha a comunhão de todos!
Olha o absorvente sentir de felicidade!
Vê a alegria que não se diz de outra forma.

Realmente penso, por vezes, para que me serve
Isto que se escreve e que está absorvido no ritual da constante
Alienação a que nos depomos como anjos absortos em
Nossas infelicidades.

De que me serve afinal esta aura de almejo?
Esta lira de sonho: tão nobre o som que me emancipa
Como semi-deus em comunhão de meus pais.

Escuto o que, é o que em sonho não vejo o que é,
Por intermitência de meu sonho, não vejo:
-demasiado obliquo para meu despertar,
Que me adormece em dias desiguais do que espero.

Ah que seria de meu invariável olhar se não visse
O que espero desde criança?
Seria uma desilusão desigual na minha igualdade falsa.
Seria um rechaçar da bala que me fere o coração de irmão
que, com medo, não espera nada mais que o medíocre.

Ah! Que seria do ah! Que seria do suspiro por um mundo novo
Que sobrevive na, ténue e fina, película absorvente do sonho?

Saturday, April 9, 2011

Ermegildo ressuscitado

Ermegildo ressuscitou - disse-me ele.
Disse-me ainda que tinha visto algo.
Que algo foi esse? – perguntei.
Mas morreste? Foi? Ou estás a falar metaforicamente?

Não me soube responder.
E assim fiquei eu nestas dúvidas.

Porquê? Porque é que se me colocam sempre estas questões
De difícil análise?
Porque tenho que ficar insaciado ao ponto de quase enlouquecer?

Ermegildo olhou para mim espantado.
Não sabia o que dizer.
Não esperava que eu tivesse esta reacção.
Que poderia ele esperar? Afinal não estava preparado
para ressuscitar.
Muito menos para as minhas questões de ordem metafísica
que apenas resvalam para a ordem prática dos que praticam
a prática da metafísica.

Ermegildo era prático. Apenas sabia que tinha ressuscitado.
Quando morrer novamente logo penso nessas coisas pensou ele
-certamente.


(E para quê pensar na morte ou nas consequências da vida que se leva?

Gostava de ser prático como o Ermegildo. Mas não sou. E vou enlouquecendo pouco a pouco. Gostava de ressuscitar como o Ermegildo. Mas não ressuscitei. E ele não me soube dizer como era lá do outro lado. Do lado da confusão. Lá terei que relativizar esquecendo-o enquanto for vivo.

Mas se faço isso então que objectivo o meu? Ser rico (dinheiro)? Ser feliz (dinheiro)? Como dinheiro)? Se não acreditar num julgamento no divino...É roubar. É matar... sem ser apanhado – há muita forma não é? Passeava alegremente pela rua como se não fosse eu. Exigia respeito porque era doutor… de alguma coisa (dinheiro).

Qualquer um é doutor... desde que tenha dinheiro. Não importa de onde nem como…nem que tenha vindo de relegar à pobreza um conjunto de indivíduos que multiplicaram a histeria animalesca da sobrevivência ao ponto de causar o sacrifico litúrgico dos homens bons (assim não empenhados convenientemente no despertar).

- Para mim os políticos dilapidadores (ladrões) são os piores animais que podem existir. Aproveitam-se da esperança. Da esperança depositada. De milhares depositada… e fazem o levantamento dos vulgos metais que, na sua triste forma de ver, lhes conferem respeito. Que pior forma de viver. Não vêm que não têm respeito de ninguém de boa índole a não ser dos parasitas seus pares?

- A triste questão da licitude e da moralidade. Muito lícitos certos políticos sim senhor... Pois que cada ladrão desses cria mais de cem na rua. Rezo para que haja Deus… e o Diabo…

Mas quem foi que me pôs esta ideia de julgamento? de boas acções? E a dúvida? A constante dúvida. Quase certeza. Mas ainda assim... dúvida. Devemos ser bons ou não? Que exemplos para seguir de ordem prática? Não metafisica. - Não quero os santos canonizados Tudo o que vejo: os bons: coitados e tolos… gozados por serem bons. )


Porque foi que me ressuscitas-te Ermegildo?
A lógica da sobrevivência confere-nos ainda acidez espiritual?
Para que foi que me ressuscitas-te Ermegildo?

Thursday, February 17, 2011

A natureza de uma certa coisa

Vai contra a minha natureza viver como escravo.
Não sei como alguém pode viver uma vida destituída.
E no entanto escravo o sou, em minha ânsia de liberdade.
Curioso como os extremos se tocam, e não querendo ser escravo
escravo sou.


É da natureza das coisas serem o seu contrário.
É da minha natureza essa escravização que faço de meu espírito.
O destino que me compete e que, mais uma vez seguindo o contrário,
não me compete - seja o destino seja a competência - pela inversão
da natureza das coisas.


Mas vai contra a minha natureza viver como escravo.
Preferia antes morrer de fome do que morrer de espírito.
E pergunto-me: será que alguém realmente tem o desejo sublime
de ser escravo como opção de vida?
Creio que será ou um acomodar pelo medo ou uma falta de consciência.
Ambos, no entanto, por alienação de um facto inalienável: A morte!
O que é o medo de morrer se não a falta de consciência perante essa inexorabilidade?


Portanto vai contra a minha natureza viver como escravo.
E no entanto vivo como um. Não sei porquê.





Saturday, February 5, 2011

Nevoeiro e visão

Soltem as amarras da ocasião

Que fique translúcida do momento

Que fique.

Embriagada e vibrante de elevo

Do Oriente.

Que fique.



E após este

Eis que nada mais se me apraz

De já do que já vi - vulgo dejávu.


E eis que pois que fique o tique:

De abominações lascivas;

De inebriantes tentativas;

De ocultadas figuras de espiritus resolutus

Em suas aguerridas tréguas.



Olhais então a insustentavel materialidade.





Wednesday, January 26, 2011

Sem título - por inefabilidade apaziguante

E pergunto-me ao mar e à terra de que me serve a poesia.
E perscruto o infinito que me eleva a hora cheia 
E a hora vazia.
E caminho por entre dóceis tacteares do tecido do universo.
Ora colhido. Ora encolhido.
E por vezes penso no inverso disso tudo que nunca pensei.
Que nunca quis me atrever a pensar, nem aludir.
E no fim. É apenas um fim.

Thursday, January 20, 2011

O Coveiro morreu

O coveiro morreu. Inesperadamente.
Sem que nada o fizesse prever. Diria mesmo.
Uma questão de ordem prática se coloca ao incógnito
(assim como o coveiro - já que falamos de uma incógnita pequena
terra)
administrador do processo da gestão administrativa dos enterros:
     - Quem irá enterrar o coveiro?

Respostas possíveis:
     - Espera-se para dar formação em enterros a alguém?
     (mas quem?)
     - Alguém com a prática derivada de assistir a enterros
     poderá, com alguma boa vontade, ajudar?
     - Chama-se o coveiro da terra vizinha?
     - O próprio administrador faz e tapa o buraco? (duvido)

Uma miríade de soluções/questões, feliz ou infelizmente,
Se lhe deparam no caminho de seu pensamento
Administrante, em face das circunstâncias inesperadas.

Haverá algum plano de contingência definido para tal situação?

Ps: Claro que há. A morte é um negócio dos vivos.