De que me serve a poesia se não
Consigo a alegria de um olhar humilde
que me diz:
Olha a comunhão de todos!
Olha o absorvente sentir de felicidade!
Vê a alegria que não se diz de outra forma.
Realmente penso, por vezes, para que me serve
Isto que se escreve e que está absorvido no ritual da constante
Alienação a que nos depomos como anjos absortos em
Nossas infelicidades.
De que me serve afinal esta aura de almejo?
Esta lira de sonho: tão nobre o som que me emancipa
Como semi-deus em comunhão de meus pais.
Escuto o que, é o que em sonho não vejo o que é,
Por intermitência de meu sonho, não vejo:
-demasiado obliquo para meu despertar,
Que me adormece em dias desiguais do que espero.
Ah que seria de meu invariável olhar se não visse
O que espero desde criança?
Seria uma desilusão desigual na minha igualdade falsa.
Seria um rechaçar da bala que me fere o coração de irmão
que, com medo, não espera nada mais que o medíocre.
Ah! Que seria do ah! Que seria do suspiro por um mundo novo
Que sobrevive na, ténue e fina, película absorvente do sonho?
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