Ps:

Não liguem à eventual junção da musica com a poesia. Ainda n me dei a esse trabalho... nem sei se me vou dar... mas gostava... um dia
Alias... nem liguem à poesia... ainda n me dei ao trabalho... tenho mais que fazer... isto são só laivos de uivos à lua... mas gostava um dia...

Monday, October 25, 2010

Os seres que vivos não nos são

As árvores…
As árvores gritam de júbilo.
As árvores choram
As árvores têm medo
e eventualmente esperanças.
E as flores
e tudo o que é flora, também.

Observem as árvores
no seu movimento mais intimo.
Invisível e indizível.
Abracem e beijem…
Sentem-se…
Conversem...
Estendam seu estado de espírito
e o quanto vos faz falta.

Percebam o que é ser árvore.
Verão que perceberão um pouco melhor o que são.

Monday, October 18, 2010

O que existe

O que existe é o que me é/foi dado ao ver
-não à visão.
Existe porque vejo.

O que existe é o que me é/foi dado ao tocar
- não ao tacto.
Existe porque toca.

Podem dizer que existe
- que não tendo visto não existe
- que não tendo tocado não existe

Tudo o que visto - e tocado – existe.

Até o, em delírios dilacerantes e equivocados,
existir de minhas suposições frenéticas, existe.

Tudo o resto não existe.
Mas, se não existe, existe
porque precisamente não existe.
Este é o não existir que, me tocando, eu vi.
O não existir que não me tocou continua a não existir.

E no entanto existe…
e voltamos à elipse de mil espelhos que reflectem mil espelhos
e exponencialmente se multiplicam até ao infinito que existe.

Wednesday, October 13, 2010

A crise orçamental e o ciclo social numa tendência.

A crise orçamental leva-nos ao controlo orçamental.

Agora subimos receitas. Asfixiamos a pequena e média burguesia.
Os pobres não interessam. Não têm voto na matéria.
Vivem como cordeiros que seguem seu pastor.

A pequena e média burguesia torna-se forte – os sobreviventes.
Dizem: Pois agora que se controle o estado da máquina Estado.
Já estamos fartos do controlo máquina famílias burguesas.
Sacrifico-me se houver moeda de troca. E essa moeda é a eficiência
de quem nos leva o dinheiro - Os nossos prestadores Estado.

Agora descemos custos. Asfixiamos a pequena e média burguesia
- Tecnocratas que não interessam. Não têm voto na matéria.
Mas, engrossando a fileira da contestação, alguém mais deve sacrifício.
Os tecnocratas profissionais do poder – mas poucos. Calemos a boca!

De tempos a tempos têm que ser cada vez mais
tecnocratas do poder a usar do crédito de seu sacrifício.
Pois a cada onda - a cada vaga social – aumenta a força,
pela indução da prática da sobrevivência ao ciclo, do meio.

De tempos a tempos a máquina Estado ganha
o poder da eficiência.
E o meio ganha o poder de poder contestar.
Sempre e sempre estaremos em contestação.

Aqui começa outra pirâmide social. Outra máquina.
A da revolucionaridade-reacionaridade
como mecanismos da primeira pirâmide-máquina.
Estas pirâmides-máquina são interdependentes.
Cada uma mexe e é mexida pela outra.

Falamos no abstracto (pirâmides-máquina)
mas falamos de pessoas.
Estamos a classificar ideias dos movimentos
do eu pessoa- sociedade.

As pirâmides transformam-se em roldanas
Como num relógio preciso nos tempos.
Os tempos, os movimentos da sociedade.
Vai até ao infinito do abstracto esse relógio social.
Ao tudo como um labirinto.
Ao nada como um labirinto.
Pois o infinito é de tal forma que volta ao ponto de partida
E acabamos por não sair do mesmo sítio.
Mas já noutro sítio. Se olhar mais do fundo.

Alcançamos a periferia?