Ps:

Não liguem à eventual junção da musica com a poesia. Ainda n me dei a esse trabalho... nem sei se me vou dar... mas gostava... um dia
Alias... nem liguem à poesia... ainda n me dei ao trabalho... tenho mais que fazer... isto são só laivos de uivos à lua... mas gostava um dia...

Friday, December 31, 2010

Olhaivos ascéticos religiosos

Tomai o que procurais se sim
Tornaivos vaidosos
Tormaivos com alecrim
E pois que sim que é
O que é
E depois pisaivos assim
Que é o que é
E pois que sim
Assim
Tomávios ascéticos.
e

Idolatria

Eis a idolatria do subconsciente:
Viviam os idolatras nessa feitoria remanescente
Viviam o que viviam
Os idolatra dores viviam assim
E não sabiam.
Até que ficaram a saber que idolatravam
E escolheram se queriam idoltarar
Ou não
Os que não chegaram a saber que idolatravam
Não poderam escolher
Se idolatrar ou não.
Eis a consciência da idolatria
A partir de aí ou daí
É uma questão.

Thursday, December 16, 2010

O dia que me morreu

Porque foi que me morreu o dia?
Como foi que me morreu o dia?
Que fiz eu para merecer essa moradia
Que me abrigou? …

Que razão dei eu a essa coisa
A que chamo o tempo que poisa
Na consciência das tarefas?

Sinto a mim a nostalgia
Desse dia que me morreu
Porque sem me dar em conta.

Sou o mago de uma maquinaria
Que me faz perder o dia.
Mais por me esconder (escolher a fantasia)
Do que por outra coisa qualquer.

Wednesday, December 1, 2010

Abdominais

Há uma mulher
com quem tinha um compromisso.

Levava-mos a noite
a beber
a comer
a conversar
E quando já nada o fazia prever
fazíamos o amor.

Outras vezes trocávamos a posição
das tarefas ritualizadas. E fazíamos o amor
Ou no inicio ou pelo meio,
Ou no inicio e depois pelo meio. Enfim.

Numa dessas conversas perguntei-lhe:
- Que gostas mais em mim?
Ela respondeu: - Os abdominais!

Percebi que o que ela queria não era conversa
Era ver os meus abdominais
em expansão-regressão sob seu corpo desnudado
e ansioso a cada regressão por uma nova expansão.

A partir daí
começamos a conversar muito pouco.