Ps:

Não liguem à eventual junção da musica com a poesia. Ainda n me dei a esse trabalho... nem sei se me vou dar... mas gostava... um dia
Alias... nem liguem à poesia... ainda n me dei ao trabalho... tenho mais que fazer... isto são só laivos de uivos à lua... mas gostava um dia...

Wednesday, September 8, 2010

Do nada e do tudo

O nada é o tudo enublado pela profusão do tudo
inerte na indecisão dos murmúrios dos vários contrapontos
que se engalfinhando, como certos animais
em busca do ultimo pedaço do alimento que sacia sua fome
- doravante voraz e a cada voracidade uma vez mais voraz,
se anulam até entorpecer, com sonhos constantes e enevoados
pelos em si mesmos induzidos albergues da letargia, a mente.

É isso que é o nada.

O nada é o tudo desconexo do que é o algo estruturado.
São os gritos do aqui e do ali, do alem e do acolá
que, como guerreiros de várias facções inimigas de si mesmas,
se vêem do nada em plena batalha sem saber quem ferir ou salvar.
E chorando e reclamando atenção, desejam a totalidade do nada.
Despejam a totalidade do nada na totalidade do nada
tornando a totalidade em nada e o nada em nada e tudo.

É isso que é o tudo.

Tuesday, September 7, 2010

Os nomes que não são

Tu ò leitor ou leitora desta leitura:
É importante que me chames pelo nome
É importante que me chames pelo que eu não sou.
É importante a referência da existência que apenas existe para se referir.
Os nomes que não são as propriedades são apenas os nomes.
Apenas o nome do nome é a propriedade do nome.

Portanto tu que lês ou que ouves por ventura -
E que ajuízas cada um destes nomes e forças de acção –
É importante que me chames pelo que eu não sou.
É importante que me chames pelo nome:
Para referência de minhas propriedades, se for a mim essa sorte
ou para referencia de diferenciação se for a mim sorte diferente.

Portanto que seja o que for que não seja o que sou ou o que for
ou que tudo isso seja engano do precioso contrario de si mesmo.

No entanto é importante
– para ti e para mim –
que me chames pelo que eu não sou.
Chama-me pelo que te referi ainda agora.
Chama-me pelo teu nome.
Chama-me pelo nome do que te aprouver que eu seja.

E assim, decidindo a tua clarividência,
Chamas-te a ti e te abrigas no que é teu pelo que acabei por decidir.

Sunday, September 5, 2010

O vazio e o cheio

O vazio é o vazio.
Estamos vazios quando estamos cheios.
O cheio é o cheio.
Estamos cheios quando estamos vazios.
É assim se no vir.
E assim se vive.

Mais umas quantas coisas que agora não me ocorrem.