O nada é o tudo enublado pela profusão do tudo
inerte na indecisão dos murmúrios dos vários contrapontos
que se engalfinhando, como certos animais
em busca do ultimo pedaço do alimento que sacia sua fome
- doravante voraz e a cada voracidade uma vez mais voraz,
se anulam até entorpecer, com sonhos constantes e enevoados
pelos em si mesmos induzidos albergues da letargia, a mente.
É isso que é o nada.
O nada é o tudo desconexo do que é o algo estruturado.
São os gritos do aqui e do ali, do alem e do acolá
que, como guerreiros de várias facções inimigas de si mesmas,
se vêem do nada em plena batalha sem saber quem ferir ou salvar.
E chorando e reclamando atenção, desejam a totalidade do nada.
Despejam a totalidade do nada na totalidade do nada
tornando a totalidade em nada e o nada em nada e tudo.
É isso que é o tudo.
Wednesday, September 8, 2010
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