Deixar que se diluam na ampulheta!
Não quero perder de mim a silhueta
da morte vivida sobre estes mundos!
Porque gasto meus escassos fundos
retornados a zero no que proponho?
Porque vivo assim como se estranho
espectador de meus ares profundos?
Delineio o plano e concretizo aforro.
Visto o futuro que espero e o aperto
com veludos e sedas em que acerto
linhas estranhas que as não percorro.
Esquecer verdade no que me é vida!
Tapar com peneira acertada à partida
medos que me cegam no seu socorro.
Vivo sempre para o que um dia virá.
Acordo tarde por hoje mas não estou.
Nem estive nos dias em que me vou
aos lugares pedidos à espera que há!
Me levai em acordo contra a inacção
para os caminhos de meu pensamento!
Quero finalizar no aquando do retiro
serenado viver ao diário que suspiro!
Que de nada do que vivi me arrependa!
Que de nada do que não me seja a pena!
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